Meninas de salto alto

♥♥♥ Para as meninas que são tão mulheres...
Este espaço foi feito para nós. Mulheres com alma de menina. Que rouba o sapato de salto da mãe, e sonha em ser "gente grande". Nós fizemos o caminho inverso. Somos adultas, mas temos ainda a alma de menina. Guardo aqui tudo que eu acho bonito: poesias, sonhos, canções, versos e prosas. Tudo que uma menina sonha naquela idade tão feliz, e aonde nós, hoje mulheres, eramos felizes por completo. Um brinde para nossa alma, meninas de salto alto!
♥♥♥

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Mil vezes Drummond

          Quero
Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.

Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?

Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.

Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.

No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.

Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.
                       
        
           Amar
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.

Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Um pouco de mim...

Não sou mulher do salto agulha. 
Prefiro o All Star surrado, embora saiba subir no salto, quando preciso.
E descer dele, quando necessário.
Jeans e camiseta. Cabelos soltos, ou presos num coque displicente.
Não espere me ver "elegante". Embora as vezes eu acorde meio mulherzinha e resolva tirar o scarpin do armário.
Elegância esta no espírito, no caráter.
Acredito nisso, e vejo q muitas socialites não tem "elegância" nenhuma.
Tenho 26 anos, mas nasci na época errada.
Minha alma é antiga. Sou apaixonada por rock dos anos 80. Músicas do tempo q a minha mãe ia para "bailes" é q fazem a minha cabeça. 
Djavan, Roupa Nova, são algumas das minhas preferências. 
Não me venha com o "Bonde do sei la o q" e Restart. Definitivamente estas modinhas não fazem meu tipo. 
Embora saiba apreciar uma música nova, quando ela é boa. Tenho conceitos e preceitos bem formados dentro de mim.
Acredito na MINHA verdade, embora ela possa não ser a SUA verdade. Tenho gênio difícil,
mas sou fácil de lidar, basta saber.
Venho sem manual, mas conviver comigo pode ser muito bom. 
Tenho defeitos e qualidades, como todo o ser humano.
Sou assim, e é difícil mudar. 
Um pouco menina, muito mulher. 
Ás vezes, muito menina e pouco, muito pouco, mulher. 
Cresci na marra, tomando porrada da vida.
Uma só. Mas a pior q poderia levar, e nada poderia ser maior.
Nada poderia doer mais. Mas aprendi muito. Mudei muito. 
Hoje sou outra e minha visão de prioridades também.
Aprendi q o material não existe, e a vida pode ser curta demais pra se arrepender.
Pode não dar tempo...
Amo muito, amo facilmente. E quando amo, faço com intensidade.
E não importa se esta intensidade é recíproca ou não. Amo e ponto.
E isso é o que me faz bem. 
Odeio q me tirem pra criança, embora muitas pessoas ainda achem q eu sou uma menina de 5 anos.
É este meu jeito meio moleca. Esquecem q eu cresci. Cresci e aprendi.
E talvez eu seja hoje, bem melhor q elas.
Sou muito bem humorada!
Tiro sarro da minha própria desgraça. 
Confesso que isso me ajudou muito...
e me ajuda até hoje, a superar a dor q insiste em morar no meu coração e q se transforma a cada dia, mas q ainda esta ali.
É como o palhaço, que sorri pra esconder a lágrima. Melhor assim, me ajuda a encarar os fatos mais facilmente. E me faz ser uma companhia melhor. Ninguém gosta de gente reclamando da vida o tempo todo. Nem eu! Odeio gente q reclama de tudo. Casa, rotina, filhos, problemas. Odeio q fiquem se fazendo de vitíma. Tem tanta gente com problemas bem maiores! Olhe pro lado! A nossa vida só a gente pode mudar... Se está ruim? Mexa-se!
Não tenho medo do futuro, ele pertence a mim e só eu q tenho capacidade de mudar. 
Não espero q façam as coisas por mim.
Vou la e faço.
Se vai dar certo?
Não sei...mas não vou ficar parada, esperando pra ver...
O máximo q vai acontecer é dar errado e eu ter q começar a fazer tudo outra vez.
Não gosto q me ditem o caminho. Eu mesmo que faço minha estrada.
Aceito sugestões, nunca imposições. Sou livre.
Se eu vou cair?
Não sei, mas se cair, não faz mal, é só assim que eu aprendo. 
Sou cabeça dura, mandona.
Autoritária, maniática, prefeccionista, controladora, e vários outros adjetivos...
Mas também sou meiga...carente mesmo.
Não sou de demonstrar afeto, não sou pegajosa. Mas para alguns, poucos, eu me abro mesmo.
São raros, talvez um ou dois. Não choro fácil.
Sequei minhas lágrimas há alguns anos.
Mas as vezes preciso, então corro pro colo de algumas destas pessoas. E sinto que elas são parte de mim, e que sem elas eu não sei como viver... E para elas, existe dentro de mim um lugar especial...eterno. Sou totalmente dependente dos meus amigos. E eles sabem quem são. Graças a Deus.
Vou a luta. Não tenho medo de mudança...tive tantas na minha vida.
Algumas mudanças eu criei, outras vieram sem eu pedir, mas enfrento todas. Com o mesmo sorriso e otimismo. Embora, no escuro do quarto, chore quietinha, abraçada no meu travesseiro, por que nem sempre ser assim é fácil...
Sou ainda uma menina, tenho alma de mulher. Mas o é espírito antigo...
Já passei por tanta coisa nesta vida, que eu acho q nada mais me dá medo...e não é só maneira de falar. 
Minha vida foi difícil... mas eu sempre lutei. Perseverança sempre!
Se vou ser sempre assim?
Não sei... Por enquanto sim...estou no mundo de passagem, só mais uma, das muitas experiências q tive e q ainda terei. Tento aprender...
Mas não queira me julgar, só eu sei o q eu sinto.
Não queira me moldar... eu já tenho forma e opnião. E luto por elas bravamente!
Não tente me deter, vai servir apenas para me soltar ainda mais. 
Não tente me ensinar...o aprendizado é maior quando a gente aprende sozinho. E principalmente, quando queremos aprender.
Estou aqui esperando o mundo mudar... e eu também, por que não?
Enquanto isso,
vou tentando...
CARLA MARTINS

O JARDIM DAS BORBOLETAS

Com o tempo você vai percebendo que
para ser feliz com outra pessoa,
você precisa em primeiro lugar, não precisar dela.
Percebe também que aquela pessoa que você ama
ou acha que ama, e que não quer nada com você,
definitivamente, não é a pessoa da sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e,
principalmente, a gostar de quem também gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas...
é cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar,
não quem você estava procurando,
mas quem estava procurando por você..!